Presidente da Amatra 19 fala sobre Ato em Defesa da JT na rádio Gazeta
O presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 19ª Região (Amatra XIX), juiz Sergio Queiroz, falou, em entrevista na rádio Gazeta nesta quinta (23), sobre o Ato Público em defesa da Justiça do Trabalho que vai ocorrer no dia 31 de março em Maceió. Com o lema “Justiça Nosso Trabalho”, a mobilização ocorrerá a partir das 10h, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas (TRT/AL) e, simultaneamente, em várias regiões do país.
Na entrevista, o magistrado salientou que a finalidade do ato é conscientizar a população e mobilizar diversas entidades da sociedade civil organizada em defesa do Judiciário Trabalhista. “Neste tempo de crise, surgiram vozes atribuindo à Justiça do Trabalho a responsabilidade pelo alto índice de desemprego e pelas dificuldades das empresas, quando, na verdade, o que gera e deixa de gerar emprego é a economia”, disse.
Além da Amatra 19, a mobilização terá a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e do MPU (Sindjus-AL), da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), da Delegacia Sindical dos Auditores Fiscais do Trabalho em Alagoas, da Associação dos Advogados Trabalhistas de Alagoas (Aatal), do Sindicato dos Advogados, da Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho (Asstra XIX) e de diversos sindicatos de classe que manifestaram apoio ao movimento.
A ideia é chamar a atenção da população para os relevantes serviços prestados pela Justiça do Trabalho à sociedade, atuando na pacificação de greves e no equilíbrio da relação entre capital e trabalho, visando à efetividade dos direitos sociais em sintonia com a necessária preservação da atividade econômica. Segundo Queiroz, o foco principal é evidenciar a importância da JT no nosso país.
“Em um país onde se tem aproximadamente 3,5 milhões de crianças envolvidas em trabalho infantil irregular, num país de profundas desigualdades sociais, falar em diminuição ou mesmo eliminação da Justiça do Trabalho é, no mínimo, uma grande irresponsabilidade. Quem adota esse discurso, ou faz isso por má fé ou por desconhecimento da realidade”, destacou o magistrado.
O ato também pretende alertar para a constante ameaça de fragilização da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais, por meio da chamada Reforma Trabalhista, cujo projeto de lei tramita na Câmara Federal desde dezembro.