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Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Amatra 19 reúne personalidades femininas

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 19ª Região (Amatra 19) promoveu, na segunda-feira (14/03), encontro especial com a presença de personalidades femininas da Justiça do Trabalho.

Participaram do encontro a diretora de Aposentados da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Benimar Medeiros, a desembargadora aposentada, que atuou como convocada no TST, Helena e Mello, e a psicóloga Laura Pedrosa.

A abertura do encontro foi realizada pela presidente da Amatra 19, Carolina Bertrand, que prestou homenagem póstuma à juíza aposentada Rosini Ribeiro Pedreira, a qual faleceu no dia 7 de março de 2022.

Em seguida, a diretora de Aposentados da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Benimar Medeiros, iniciou o bate-papo, destacando as pesquisas que apontam a ausência de ocupação de mulheres em cargos mais altos, revelando a discriminação, inclusive, na magistratura e no movimento associativo. A magistrada enfatizou a banalização de ações discriminatórias e a necessidade de adoção de práticas antimachistas e antirracistas.

Já a desembargadora aposentada Helena e Mello tratou da importância do papel da mãe e educadora na formação dos filhos para mudanças de paradigmas e reconhecimento dos valores das mulheres, além da reeducação econômica dentro do círculo da família. Mello encerrou sua participação prestando homenagem especial às mulheres comuns que assumiram o papel de provedora e cuidadora, ou seja, as mães que são profissionais.

Sob as perspectivas de suas pesquisas, a psicóloga Laura Pedrosa norteou suas reflexões sobre a temática dos papéis do feminino nos diversos espaços sociais, ressaltando o momento controverso de tantas e dolorosas demandas para a humanidade. Ela apontou que alguns marcos da história da humanidade indicam respostas. “Primeiro, para entender que, para além da diferença biológica/sexual, é relevante considerar um espaço de poder e uma construção de (des)igualdade social”, explica.

A psicóloga também citou o período do Seixo Rolado, em que mulheres e homens governavam juntos e prevaleciam a lei da solidariedade e da partilha. “A mulher ocupava uma posição de destaque e seu poder estava no mistério da procriação porque o homem não sabia qual o seu papel.”, afirmou.

Ela também atribuiu à tecnologia a aceleração histórica e embasamento das mudanças sociais, econômicas, políticas e, obviamente, de gênero, culminando na sociedade de consumo e da liquidez, como trata o filósofo Bauman.

Laura Pedrosa também atribuiu o empoderamento masculino na dinâmica familiar e a diminuição do que costumamos tratar de guerra dos sexos. “É o fortalecimento do papel masculino no mundo privado, ocupando seu lugar de direitos e deveres no privado, fator preponderante na promoção de relações de equidade (e não igualdade) entre homens e mulheres. Na dualidade entre a submissão e o poder de gerar, educar e reproduzir um modelo de gênero, a mulher volta para casa e para além do discurso, precisa abrir mão de seu poder de dona de casa”, disse.