Notícias

Vaticano: Papa denuncia trabalho infantil e apela aos cidadãos, políticos e jornalistas a promoverem consciência sobre a exploração de menores

O Papa Francisco condenou o trabalho infantil e a exploração de menores em todo o mundo durante a audiência pública semanal realizada na última quarta-feira (15), no Vaticano. Diante de milhares de fiéis no Auditório Paulo VI, o pontífice pediu maior conscientização e ação por parte de cidadãos, políticos e jornalistas para erradicar essa prática.

“Questionemo-nos: o que posso fazer? Antes de tudo, devemos reconhecer que, se queremos erradicar o trabalho infantil, não podemos ser cúmplices. E quando somos cúmplices? Por exemplo, quando compramos produtos que utilizam trabalho infantil”, declarou o Papa.

O pontífice lembrou que, apesar de leis e diretrizes internacionais já existentes contra o trabalho infantil, ainda há muito a ser feito. Ele fez um apelo direto à imprensa: “Peço também aos jornalistas que façam a sua parte. Vocês podem ajudar a dar visibilidade ao problema e a encontrar soluções. Não tenham medo: denunciem, denunciem essas práticas.”

O juiz Alonso Filho, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 19ª Região (Amatra19), destacou a importância da mensagem do Papa Francisco e reforçou o impacto negativo do trabalho infantil na sociedade.

“Trabalho infantil é um crime contra a criança e prejudica toda a coletividade. Ele priva as crianças da educação, limitando sua qualificação e reduzindo seu potencial como futuros trabalhadores capacitados. Além disso, essa prática contribui para a exclusão previdenciária, perpetuando ciclos de informalidade e vulnerabilidade econômica”, explicou o magistrado.

O juiz também enfatizou o papel de cada indivíduo no combate ao trabalho infantil, alinhando-se às palavras do Papa. “Nosso grande líder, Papa Francisco, destacou que cada pessoa pode fazer sua parte. Evitar comprar produtos associados ao trabalho infantil ou mesmo recusar mercadorias vendidas por crianças em sinais de trânsito são pequenas, mas importantes ações. É melhor fazer uma doação direta ou ajudar essas crianças de outra forma.”

Para Alonso Filho, a mensagem do Papa é um chamado à responsabilidade coletiva. “Podemos e devemos fazer mais para proteger as crianças, garantir seu direito à educação e assegurar que cresçam em um ambiente que as valorize como futuras cidadãs e trabalhadoras qualificadas.”